Inspirado pelas florestas de Vermont, a startup de biotecnologia US desenvolveu um sistema que utiliza subprodutos da agricultura misturados a um micélio fúngico (um aglutinante natura) para cultivar um isolamento de alto desempenho. Ecovative Mushroom® Insulation é visto como uma alternativa viável a espumas plásticas usadas no isolamento de edifícios, tanto que o projeto ficou recentemente em segundo lugar no Cradle to Cradle Product Innovation Challenge.
Os painéis rígidos de isolamento comumente utilizados (como poliestireno extrudado) são feitos de produtos petroquímicos não renováveis e "frequentemente apresentam gases de alto potencial de aquecimento global que se desprendem com o passar do tempo". Por outro lado, isolamentos menos rígidos podem se deslocar no interior das paredes, especialmente em edificações pequenas e itinerantes, o que compromete a efetividade do isolamento. Além disso, para seguir os códigos de segurança contra incêndios, praticamente todos os painéis rígidos e isolamentos maleáveis apresentam em sua composição químicos retardantes de fogo.
O processo alternativo da Ecoative envolve o embalamento do isolamento fúngico entre as paredes. "Em três dias o micélio cresce e solidifica as partículas soltas, aderindo às tábuas de pinos e criando um painel sanduíche extremamente resistente. O resultado é similar a painéis estruturais isolantes, com a vantagem desta camada contínua de isolamento não apresentar pontes térmicas. Em aproximadamente um mês, os fungos naturalmente secam e entram em estado de dormência." Segundo a companhia, "fungos não crescem apenas em fendas ou devido a condições impróprias, e podem ser facilmente podados antes que produzam esporos."
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Referências: Ecovative, Cradle to Cradle